Questionado em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, Leitão Amaro explicou que "não houve deliberação sobre esta matéria [do aumento do preço do petróleo e dos combustíveis], uma vez que o conflito se agravou significativamente este fim de semana".

"Os efeitos sobre os preços nos mercados internacionais far-se-ão sentir mais à frente", explicou Leitão Amaro. "As suas repercussões na formação dos preços, não do crude, mas dos combustíveis para os consumidores, far-se-ão sentir ainda mais a jusante."

O ministro referiu que o Conselho de Ministros discutiu a evolução da situação internacional em vários domínios, mas optou por destacar dois aspetos.

"Em primeiro lugar, o abastecimento de petróleo e gás em Portugal assenta em grande parte em fontes atlânticas, do Atlântico Norte e Sul e do Norte de África, muitos dos quais são contratos de longo prazo. Portanto, de uma certa perspetiva, este é um fator que atenua uma preocupação que, creio, não só o Governo, mas todos os cidadãos do mundo estão a sentir nestes dias", sublinhou.

"Mas não há dúvida que a formação de preços nos mercados é influenciada por um conjunto de desenvolvimentos geopolíticos também em todos os países produtores", lembrou. "Relativamente às medidas, estes impactos são ainda em grande parte potenciais, e se houver alterações e um agravamento significativo da situação, o Governo tomará naturalmente medidas nesse sentido".

"Estamos atentos a isso", assegurou.