“A partir de hoje, 7 de junho, a Praia da Fuseta-Mar está oficialmente aberta aos turistas, após uma intervenção de substituição de areia concluída pelo município em tempo recorde”, disse a autarquia do distrito de Faro em comunicado.
O município destacou que a reabertura está ocorrendo após uma “operação rápida” para substituir a areia, que “permitiu restaurar a qualidade usual de uma das praias mais procuradas da região” do Algarve, localizada em uma das ilhas barreira da Ria Formosa, uma área natural classificada como Parque Natural.
“O nosso objetivo era garantir que os residentes e visitantes de Olhão possam desfrutar da praia com a mesma qualidade de sempre. Essa substituição da areia foi essencial para garantir isso”, disse Antonio Miguel Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão, citado no comunicado da autarquia
.O autarca considerou, no entanto, que é necessário “avançar com o trabalho estrutural anunciado pela ministra [do Ambiente] Maria da Graça Carvalho” para “combater o assoreamento da Ria Formosa e garantir a estabilidade da praia da Fuseta a médio e longo prazo”.
Esta é uma intervenção que “não pode deixar de acontecer”, segundo António Miguel Pina, lembrando que este foi um compromisso assumido pelo Governo em 10 de abril, depois de Maria da Graça Carvalho ter participado numa visita técnica às ilhas barreira da Ria Formosa.
Cinco dias depois, a APA anunciou que a Praia da Fuseta-Mar, em Olhão, Algarve, receberia 40 mil metros cúbicos de areia como parte de uma “intervenção urgente” para garantir seu uso durante a época balnear.
O trabalho permitiu que a areia fosse devolvida à praia “em quantidades aceitáveis” para garantir condições de segurança, permitir o uso de passarelas de acesso e a instalação de instalações balneares para a época balnear, que começou oficialmente em 1 de junho na maioria dos municípios do Algarve.
De acordo com a APA, o reforço artificial da praia será complementado pelos ciclos naturais da dinâmica costeira, “que devem contribuir para a reposição adicional de sedimentos ao longo do tempo”.
O trabalho “urgente” de reforço de sedimentos, orçado em 300.000 euros, foi financiado pela APA e realizado pelo município de Olhão, mas está prevista uma intervenção estrutural de maior escala, a ser realizada no âmbito do Plano Plurianual de Dragagem 2024-2026, explicou a APA na época.
Esta operação envolverá a substituição de 150.000 metros cúbicos de areia, expandindo a largura da praia em cerca de 30 metros.
Com um custo estimado de 924.000 euros, o trabalho “deve ocorrer ao longo de quatro meses e incluirá dragagem e repulsão, com o objetivo de melhorar a eficiência e a gestão costeira da área”, explicou também a APA na época.