Segundo Oliveira, faltam políticas públicas que contribuam para a redução do preço da moradia, e as existentes devem ser monitoradas.

"Como em todos os países que já lidaram com estes processos, o controlo das rendas e o controlo dos preços especulativos, ou seja, a habitação regulada, são absolutamente necessários. Não há dúvida nenhuma sobre isso", disse Oliveira, em declarações ao Jornal de Negócios.

"O que não pode é ser feito caso a caso. Ou seja, não podemos implementar medidas de controlo de rendas sem concluir as cartas de habitação nos municípios, e este é um processo que já está atrasado. Estas cartas servem para definir onde estão as zonas de pressão urbanística e se, numa determinada cidade, essa zona necessita de controlo de rendas. Porque há zonas onde não precisamos de impor essa regulamentação", acrescentou.

De acordo com o presidente da OA, é urgente "ter instrumentos de gestão territorial adequados". "As cartas de habitação servem para isso, para indicar que neste concelho, esta zona e esta zona têm défice habitacional e esta zona não tem. Esta zona está sob pressão e, por isso, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) deve ser aumentado para os imóveis devolutos", sublinhou.